O uso social do telefone foi subestimado porque as mulheres eram ignoradas
e até rejeitadas como utilizadores. Esta desqualificação das mulheres como utilizadores incompetentes foi também estendida à população negra, aos imigrantes e
aos agricultores.
No entanto, a socialização era já um dos usos mais importantes desde os primeiros dias do telefone, sendo este uma ferramenta importante para as mulheres quebrarem o seu isolamento. Só nos anos 20 e 30 do século xx, a publicidade começou a mostrar as mulheres a usar o telefone.
Ter como público-alvo principal os inovadores, os primeiros a adoptar, é um
constrangimento para o desenvolvimento de novos serviços e para a sua massificação. No caso do telefone, o enfoque nas funcionalidades profissionais e práticas inibiu uma adopção generalizada pela sua faceta de socialização e de conversação.
As empresas europeias e americanas seguiram a mesma estratégia inicial para o telemóvel: preços elevados e uso exclusivo. Já nos países escandinavos, onde a penetração foi muito mais rápida, a estratégia focalizou-se em simultâneo nos utilizadores profissionais e no mercado de massas.
A tendência actual na Europa e nos Estados Unidos é para o equilíbrio entre homens e mulheres na utilização do telemóvel.
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